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Mostrando postagens de abril, 2009

Quando a pior fraqueza de um líder aparece

Não é uma pergunta, é uma colocação. Sim, pois todos os líderes tem essa fraqueza, em grau menor ou maior, sob ou fora de controle, e pelo menos uma vez na vida ela vai aparecer. Talvez, naqueles que já a identificaram nem se torne visível aos outros, seja dominada, contornada, vencida. Já em alguns casos, talvez apareça, se torne um problema, ou pior, um pecado. Que fraqueza tão terrível seria essa? Existe algo tão terrível assim que possa ser rotulado de "a pior"? Avaliando os casos de crises de liderança que acompanhei ao longo da minha experiencia eclesiástica e pesquisando a respeito, concluí que, sem dúvida, essa fraqueza acaba sendo a raiz da maioria dos problemas e de outras fraquezas que acometem os líderes. Estou falando de insegurança. E aqui vamos destacar o seguinte, independente da motivação, da origem da insegurança, a consequencia é quase sempre a mesma, ou seja, catástrofes que atingem todos os que estão ao redor daquele determinado líder "doente".

Igrejas com jeitinho brasileiro - Nosso jeito pilantra de ser e crer

Exitei um pouco se esse comentário não deveria estar em "coisas que aprendi IV", mas não, apesar de mencionar um caso que vivi como exemplo, esse post é mais geral e visa alertar para uma coisa bem recente que está debaixo do nosso nariz. Recentemente o SBT Brasil, telejornal que aprecio por ser imparcial na questão oriente médio e que tem como âncora o formidável Carlos Nascimento, levou ao ar uma reportagem intitulada "Fé sob Medida" onde eles expuseram não a diversidade do Reino de Deus, mas creio, o pús da igreja brasileira. Com uma maquiagem bonita e um discurso apaziguador, o SBT mostrou o quanto a igreja no Brasil está dividida, fragmentada, esfarelada e desunida. Foram mostrados vários tipos de templos, de várias religiões, mas o que chamou a atenção foi o fato de muitos templos totalmente diferentes e apologéticamente divergentes, se dizerem ambos evangélicos. Aí eu conto que já me argumentaram que Deus permite que a diversidade aconteça para que as pessoas

Coisas que aprendi na igreja - Parte III

Um grupo de jovens estava eufórico com as possibilidades que começavam a se mostrar no contexto da cidade onde moravam. Tinham se unido com um objetivo comum de orar pela cidade e agora viam que era possível juntar pessoas para isso apesar das denominações diferentes de seus templos. As coisas começaram a ficar cada vez melhores a medida que líderes de jovens aderiam ao movimento e vigilias começaram a acontecer com frequencia. Mas como qualquer bom cristão sabe, esse tipo de atitude acarreta consequencias espirituais. O que não se espera (ou esperava), é que o inimigo teria tanta liberdade de trabalhar contra um movimento de oração, usando os líderes das igrejas para perseguir os jovens. Aí você vai me dizer: "Oh Juliano, que acusação grave! Você está falando de pastores, pessoas ungidas de Deus, ministros do Senhor..." Sim, sim, como sempre. Agora ouça os fatos. Durante uma dessas vigilias, vi uma jovem que entre outras coisas ministrava adoração na sua igreja, prostrada

Entre enigmas e príncipes

Estréia em 17 de Julho, o próximo filme da série Harry Potter. Para quem já leu os livros, sabe que a saga neste ponto toca num assunto bem recorrente da trama: o confronto entre os puro-sangue, os mestiços e os "sangue-ruim". Mas não é só em Harry Potter que a luta entre classes está sendo estimulada pela mídia. A Rede Globo (só pra variar), está jogando em cima das massas a novela "Caminho das Índias" que realça o (péssimo) costume deles de elencar seres humanos em castas. O que, tenha certeza, em breve estará nos dando problemas entre as pessoas: uns começarão a chamar os outros pelos nomes das castas inferiores em tom de brincadeira para manterem a hegemonia e a superioridade deste ou daquele grupo. Aliás, esse tipo de comportamento faz sucesso aqui no sul. O Estado é famoso pelo bairrismo, pela luta histórica pela independência contra o resto do Brasil, agravado pelo sentimento racista que insiste em sobreviver em alguns imigrantes europeus e seus descendentes.

It's the end of the world as we know it

Começa com um terremoto, pássaros, serpentes e um avião, e os Maias não estavam com medo... A frase acima foi montada sobre a música do R.E.M., que o dC Talk também gravou, que foi feita com base nos acontecimentos que tem tomado conta do mundo nas últimas décadas. Para dar um ar profético na música, o refrão é a frase que inquieta os escatologistas na profecia Maia. O calendário termina e eles escreveram em seguida: "Então, será  o fim do mundo como o conhecemos ". Será que você ficaria surpreso se eu dissesse que, ao contrário dos Maias, a Bíblia não dá uma data, mas também fala que o mundo como o conhecemos vai acabar? Isso está em Apocalipse capítulo 21 . O texto diz que as coisas antigas, os primeiros céus e terra  passaram , essa palavra no original tem o mesmo sentido da palavra Pessach , que quer dizer passagem de um estado à outro , não somente de um ponto ao outro. Daí se deduz que haverá uma transformação, marcando o fim do mundo como o conhecemos. A última Pásco

O Criador e o Coelho

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Um coelho estava acostumado a dar os seus passeios matinais pelo bosque onde morava. Todos os dias era sempre igual. Saía da toca, comia umas folhas, umas frutas, levava alguma coisa pra casa e continuava sua feliz rotina. Até que algo aconteceu. Numa dessas tranquilas manhãs, de repente, tudo ficou escuro. Muito barulho se ouvia ao redor. Gargalhadas altas e uma voz rouca e potente que disse: -Eles vão adorar! Um estrondo debaixo dos seu pés deu-lhe um tremendo susto e sentiu seu corpo totalmente a deriva sobre um espaço desconhecido. Começou a enjoar enquanto era era jogado de um lado para o outro naquele saco fedorento. Subitamente, tudo parou. Ouviu passos, alguém o ergueu. Mais passos. Silêncio. O saco se abriu. Um humano com a cara enrugada e os cabelos ralos e bem brancos o agarrou pelo cangote e o girou diante dos seus olhos. O humano sorriu encarando-o e disse: -Bem vindo ao seu novo lar, amiguinho! He he he! E o pôs numa gaiola. Enfiou uma folha de alface mur

Coisas que aprendi na igreja - Parte II

Era um belo domingo ensolarado e agradável. Não lembro a data, mas pelas imagens na memória do vento nas árvores e flores nos canteiros das ruas, devia ser primavera. O culto mensal de comunhão transcorria numa boa. Esse culto é aquele que os membros "atarefados" costumam frequentar. É quando também deixam seus dízimos gordos na caixa de coleta, evitando visitas pastorais desnecessárias e questionamentos sobre o fato de só virem uma vez por mês à igreja. Nessas reuniões, uma grande atmosfera de "zelo além do normal" tomava conta dos diáconos. Coisas que eram contornadas com facilidade nas outras reuniões, em outros dias ou horários, nesse viravam verdadeiros sacrilégios, blasfêmia pura, só porque "hoje é Santa Ceia". E ninguém avisou um rapaz maltrapilho e doente que esse era o dia dos ricos e poderosos frequentarem seu "santuário". Eu estava indo ao banheiro quando vi um rebuliço na portaria e fui ver o que era. Demorei pra entender o que estava