Entre enigmas e príncipes
Estréia em 17 de Julho, o próximo filme da série Harry Potter. Para quem já leu os livros, sabe que a saga neste ponto toca num assunto bem recorrente da trama: o confronto entre os puro-sangue, os mestiços e os "sangue-ruim". Mas não é só em Harry Potter que a luta entre classes está sendo estimulada pela mídia.
A Rede Globo (só pra variar), está jogando em cima das massas a novela "Caminho das Índias" que realça o (péssimo) costume deles de elencar seres humanos em castas. O que, tenha certeza, em breve estará nos dando problemas entre as pessoas: uns começarão a chamar os outros pelos nomes das castas inferiores em tom de brincadeira para manterem a hegemonia e a superioridade deste ou daquele grupo.
Aliás, esse tipo de comportamento faz sucesso aqui no sul. O Estado é famoso pelo bairrismo, pela luta histórica pela independência contra o resto do Brasil, agravado pelo sentimento racista que insiste em sobreviver em alguns imigrantes europeus e seus descendentes.
Mas eis que me surge um grande enigma. Quem é realmente plebeu e quem é príncipe? Importa realmente ser sangue ruim ou puro? Ser da 1ª, 2ª ou 3ª casta? Pra mim essas classificações são coisa de "trouxa". Mas o pior está por vir: são as castas, as etnias, as facções eclesiásticas...
O Cléro pode tudo; o leigo, ah, esse é um pobre coitado. Os líderes, os "12 do Superpastor fulano de tal" são o máximo, aquele irmãozinho simplezinho (mesmo fiel), a gente até tenta ajudar, mas é um ignorante...
Aquela igreja cheia de fru-frus é a melhor, a casinha de "pau-a-pique" que tem servido de instrumento de salvação para muitas pessoas, é uma "biboquinha, nem parece igreja"...
Ultimamente, tenho tido certeza que chegou o tempo da apostasia. O que menos vemos nas megaigrejas hoje é a prática de alguns textos bíblicos:
Só pra citar alguns. Pelo menos os bruxos de Harry Potter, os hindus da Globo e muitos outros, repetem o que existe na prática. Pessoas que vivem aquilo que acreditam mesmo sendo errado diante de Deus e da Palavra, e nos iramos quando caricaturam os crentes na TV como ladrões e hipócritas. Porém, nesses casos, a arte tem imitado a vida.
Gostaria de fazer como o Harry, que num passe de mágica faria sumir aquilo que o incomoda. Mas isso é fantasia.
Juliano Leal MRM/MARP
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