Cristãos equivocados e cheios de razão: Uma ameaça ao bem estar e ao sucesso da família

Não é de hoje que ouço muitos cristãos, principalmente mulheres, dizendo que devemos desfrutar a vida, viajar, estudar, ganhar dinheiro, se estabelecer socialmente (isso é, ter casa própria, carro), cumprir metas pessoais, curtir bastante a vida. Aí, depois de já ter feito tudo isso, então chegou a hora de ter filhos. Quando já estivermos quase no limite físico-biológico das condições de gerar. E assim, segundo eles, os filhos terão uma "boa vida", com "condições" de se "estabelecerem na sociedade".

Tenho apenas uma pergunta:

E Deus fica aonde nessa história?

Parei para observar melhor o contexto dessas pessoas e descobri que elas tem características semelhantes e frutos idênticos em suas vidas. E considero as coisas que constatei no mínimo perigosas para a saúde de qualquer família que se considere cristã:

  • Hedonistas: Buscam o prazer, e o seu próprio acima de TUDO, considerando que todas as coisas devem funcionar DE MODO A TRAZER UM RESULTADO PROGRAMADO E PRÉ-DETERMINADO por eles. E o pior, o custo disso não é levado muito em conta. Os fins acabam por justificar os abusos. São comuns frases do tipo: "É ruim mas vale a pena. Quando EU tiver "tal coisa/situação", vou estar satisfeito."
  • Fatalistas: Existe um ódio arraigado nessas pessoas. Qualquer coisa que fuja do controle delas é visto como uma tentativa de alguém "invejoso" para frustrar seus planos. Tudo é sempre fatal, extremo. Chegam ao limite da fúria quando as coisas saem errado ou acontecem imprevistos. Aliás, essa palavra é uma espada no peito deles. Tem extrema dificuldade de recomeçar, ou reagir a um imprevisto. Normalmente abortando o plano que não deu certo e começando outra coisa do zero, isso porque também são
  • Perfeccionistas: E não toleram falhas nos outros. Tem uma balança, uma régua, um termômetro e todo o aparato de medir, próprio, exclusivo. Até concordo que todas as pessoas tem seus próprios critérios, em maior ou menor grau, mas o problema destes é que seus valores são voláteis. Assim que as pessoas "comuns" atingem o "padrão" que eles estabeleceram, esse padrão muda! Fica mais difícil, mais complicado, ou seja, pra essas pessoas nada nunca fica bom, nada é suficiente, nada é completo, nada é satisfatório.
  • Amargurados: Estão sempre se queixando de alguma coisa. Sempre tem alguém que "falhou" com eles. Não sabem perdoar. São rancorosos, ferem as pessoas com palavras o tempo todo e se acham os mais sinceros e honestos do mundo por causa disso. Pregam que suas experiências de vida lhes ensinaram valores irrevogáveis que devem ser militarmente copiados por quem os cerca, mas não param de se queixar da vida e de tudo que lhes sucede.
  • Doentes: Sempre sofrem de alguma coisa física. Normalmente precisam tomar remédios e vivem hospitalizados. Não passam um mês sem uma receita. E quando não vão ao médico por se acharem suficientemente capazes de se autocurar, acabam virando verdadeiros feiticeiros, fabricando poções em casa para resolver seus problemas. Mas o mais terrível é que depois de "melhorarem", se enchem de razão e querem enfiar os "remédios" deles em todo mundo.

Teriam mais algumas coisas. Agora imaginem uma pessoa assim, perto dos trinta e cinco anos, sendo pai ou mãe. A criança não vai poder chorar, não vai poder bagunçar a casa, não vai poder mexer com tinta, não vai poder recortar e colar. Se for alguém que conseguiu ter "condições", vai terceirizar todos os prazeres da mater/paternidade para não se estressar, pois a "condição" vai precisar ser mantida, sustentada, e os bonecos não vão querer se cansar com os filhos, mais o trabalho. Ah, e se tiverem vida social então, misericórdia! Os filhos viram um apêndice. É um mero acontecimento (necessário?) da vida.

Infelizmente esse tipo de mentalidade materialista, antibíblica, diabóllica e pecaminosa tem se disseminado na igreja. A maioria dos casais que vivem essa patologia não terão filhos mesmo. O que é horrível, pois uma das formas de se manter a fé é compartilhando com seus filhos. Algo que os islâmicos tem feito, e feito de propósito. Eles geram filhos para Allah. Nos dois sentidos.

Mas também pode ser que eu não esteja vendo a misericórdia de Deus. Talvez ele esteja cortando a semente dessas pessoas hipócritas que crescem como ervas daninhas no nosso meio e evitando que o nosso futuro seja cheio desses filhos da iniquidade.

Talvez as famílias diminuam consideravelmente. Talvez o ocidente fique reduzido a uma multidão de cristãos nominais velhos, frustrados e sem filhos, e milhares de famílias islâmicas "bem sucedidas".

Talvez Deus tenha um plano pra acabar com isso antes de acontecer, eu não sei. Mas tenho vinte e oito anos, dois filhos, e dou graças a Deus por eles. E espero que Deus me dê aquilo que Ele acha necessário para nossa vida ser agradável pra Ele. E que Ele nos ajude a nos mantermos fiéis à Sua palavra, fazendo a Sua vontade, não a nossa.

Porque Dele, por Ele e para Ele são TODAS as coisas. Por isso à Ele seja dada toda a glória na Família, em Jesus, o Messias, por todas as gerações.

Juliano Leal - MRM/MARP

Continua...

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