Filhos do Rei ou filhos da p#%@
Eu estava trabalhando em Alvorada, cidade vizinha a Porto Alegre, e um dia voltando pra casa, o ônibus parou para embarque e desembarque numa parada que fica em frente a um templo de uma determinada igreja, que diga-se de passagem, é bem polêmica e contraditória nos seus modos. As pessoas se amontoavam tentando organizar uma fila para pegar alguma coisa que estava sendo distribuída na porta antes de entrarem no local. E um ser humano comum como qualquer um de nós, naquele dia, decidiu desabafar os pensamentos a respeito da situação. Com aspecto cansado, de quem trabalhou na estiva ou no concreto o dia todo, o homem deu uma cutucada em dois ou três amigos que estavam ao redor dele no ônibus, e num suspiro soltou:
"Esses crentes são tudo uns idiotas, otários, ignorantes, e aqueles pastores deles são tudo ladrão, cambada de filhos duma p#%@."
Apesar de não me identificar nem de longe com a denominação que motivou o comentário (e me perdoem a franqueza, com certo fundamento), meu interior se contraiu. Senti uma alfinetada quase física. Minha identificação foi com as pessoas que eu sei que em sua carência procuram soluções rápidas e se atiram nessas valas comuns espirituais, mas que estão lá de peito aberto, inocentes e sinceras. Como se fossem crianças caminhando para o abismo.
Deu vontade de levantar e confrontar o cara. Mas senti um peso maior ainda de ficar quieto e algo falou dentro de mim:
"Ele tem razão. I João 3. Apocalipse 17 e 18."
Meu estomago revirou. Vários outros textos bíblicos que mostram a triagem da eternidade me vieram à mente. E o que ficou mais claro é que sim, podemos e devemos fazer uma escolha. E se escolhemos seguir ao Senhor e servi-Lo como Rei dos Reis, também devemos servir de exemplo ao mundo ao nosso redor. E os textos bíblicos que eu fui me lembrando, deixam claro que a perseguição vem contra os Filhos do Rei, uma nação de príncipes (que serão reis com Ele) e sacerdotes. Mas isso que eu vi não era perseguição, era um desabafo de alguém que não serve o Senhor e que se sentiu afrontado pelo "estilo" de vida dos "cristãos", declarando abertamente que o estilo dele era mais moral e reto:
"Deus não pode tá nisso aí. Se eu fosse Ele não tava!"
Tive vontade de chorar. Ele tinha toda a razão. O próprio Yeshua disse que se nosso modo de viver e agir não superasse o dos fariseus, seríamos os mais infelizes dos homens. Pois eles dificultaram ao máximo a maneira de servir ao Senhor e ainda assim se esforçavam para cumprir e obedecer à risca as tradições que eles colaram com chiclete nos rolos da Torah. Mas o Messias sabia pra que lado a brisa batia e conhecia a tendência anarquista do inimigo, que não demoraria a fazer os seguidores do Mestre irem ao outro extremo de não obedecerem nada de coisa nenhuma.
Infelizmente, nos últimos milênios, o Inimigo tem logrado certo êxito contra o Corpo de Cristo, justamente por causa de terroristas anarquistas que não descem dos púlpitos com sua teologia desaforada que exige coisas do Senhor do universo como se pudessem por o dedo na cara Dele ou ainda, as invencionices estruturais que transformaram a igreja numa Matrix, onde uma massa entorpecida e mergulhada numa ilusão alimenta máquinas (caça-níqueis?) sem escrúpulos.
Esse comportamento não vem do alto, do Pai das Luzes. Essa postura pútrida, fétida, promíscua, imunda e demoníaca é o padrão da Babilônia de Apocalipse 17 e 18, a Grande Prostituta, mãe de todas as abominações da Terra.
Pois bem, nosso ilustre passageiro indignado, não só estava correto como também estava de acordo com a Palavra, no texto e no contexto.
Que isso nos sirva de alerta e seja motivador para mudarmos nossas atitudes já. Pois o Dia está chegando e já não resta espaço para meio-termos.
Se não nos posicionarmos como Filhos do Rei, só nos resta sermos filhos da puta.
Juliano G. Leal - MRM/MARP
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