E se...


Olá. Eu quero jogar um jogo com vocês. Vocês foram trazidos até aqui por praticarem o mesmo mal. Agora, vou colocar diante de vocês algumas opções. Nenhuma delas é fácil de se escolher. Todas elas vão exigir de vocês habilidades que até agora vocês demonstraram não possuir.

Todos os dias, milhares de inocentes acreditam nos discursos que vocês vomitam do alto dos seus púlpitos. E sustentam as regalias e luxos de vocês com um dinheiro que quase morrem para receber. As bocas das crianças da periferia deixa de ser cheia para que os bolsos de vocês se farte.

A justiça e a restituição vão começar.

Diante de vocês estão três caixas. E vocês são, como podem ver, três pregadores. Como o que vocês mais fazem é pregar, por dedução, acredito que saibam usar martelo e pregos.

Eles estão espalhados pela sala. Em cada caixa existe madeira suficiente para que sejam feitas três cruzes. E acho que como se usa uma cruz eu não preciso explicar.

Uma vez vazias, as caixas podem ser vistas como um caixão. E serem usadas como tal.

Por fim, todas as caixas estão sobre superfícies modulares hidráulicas que funcionam como balanças. Para cada pedaço de madeira que vocês tirarem da caixa, um prego será disparado contra vocês em áreas não letais do corpo e um hacker estornará R$ 100 em dinheiro das contas das igrejas de vocês e depositará na conta de uma entidade humanitária de verdade.

Para que os pregos e os estornos parem, dois de vocês precisam aceitar morrer pelo terceiro, e o terceiro precisa matar os dois. Ou os três precisam equilibrar o peso das caixas de forma que voltem ao lugar em que estavam quando carregadas.

A quantidade de madeira nas caixas pesa o mesmo que o material fora das caixas.

Finalmente, aquele que amar a sua vida, vai perdê-la. O que escolher perdê-la, pode ser que a encontre.

Bom jogo!
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Se alguém se ofendeu, achou cruel ou maligno demais, desculpe, é apenas um conto que pergunta:  E se um doido decidisse fazer isso?
Os doidos existem e seria melhor mudar de atitude antes que eles apareçam.
Isso é apenas um conto. Existem ideias muito piores e muito mais macabras que essas aí, no cinema e nos livros, inclusive na própria série que satirizei no post.

Só um conto.

Juliano G. Leal - MRM/MARP

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