Igrejas com jeitinho brasileiro - Nosso jeito pilantra de ser e crer

Exitei um pouco se esse comentário não deveria estar em "coisas que aprendi IV", mas não, apesar de mencionar um caso que vivi como exemplo, esse post é mais geral e visa alertar para uma coisa bem recente que está debaixo do nosso nariz.

Recentemente o SBT Brasil, telejornal que aprecio por ser imparcial na questão oriente médio e que tem como âncora o formidável Carlos Nascimento, levou ao ar uma reportagem intitulada "Fé sob Medida" onde eles expuseram não a diversidade do Reino de Deus, mas creio, o pús da igreja brasileira.

Com uma maquiagem bonita e um discurso apaziguador, o SBT mostrou o quanto a igreja no Brasil está dividida, fragmentada, esfarelada e desunida. Foram mostrados vários tipos de templos, de várias religiões, mas o que chamou a atenção foi o fato de muitos templos totalmente diferentes e apologéticamente divergentes, se dizerem ambos evangélicos.

Aí eu conto que já me argumentaram que Deus permite que a diversidade aconteça para que as pessoas não tenham desculpas de não ter ouvido o evangelho. Eu concordo, basta ler o post "Porque tantas" para ver isso. Mas diversidade é bíblico, é gerado pelo Espírito com fins de edificação, bagunça não. Divisão muito menos. Heresia, pior ainda.

Sob o pretexto de estar ouvindo Deus, se veem os nomes mais estapafúrdios em comunidades que fazem coisas mais estapafúrdias ainda. "Pastores" e "bispos" que se dizem recptores de uma grande verdade revelada tem exatamente o mesmo discurso de Rael e seus Elohim de outro planeta ou Shirley Mc Laine conversando com os espíritos. Nada pessoal contra o Rael e a Shirley, mas concordemos que eu não devo fazer aquilo que condeno nos outros,  e infelizmente é o que esses ditos "homens de Deus" fazem.

Outro câncer são as igrejas desportivas. Como se já não bastasse a rivalidade doutrinária, algumas estão levando literalmente seus fiéis ao campo de batalha. Com a desculpa de "evangelizar" eles se pegam no pau nos gramados. Outros tem deixado abertamente as artes marciais subirem no altar. Perguntem pra qualquer ex-praticante, convertido de verdade, se eles concordam com isso... Garanto que pensando na quantidade de demônios que os incomodava pelas legalidades abertas com essas práticas, eles são bem contra. Vou conseguir o testemunho de um amigo que praticava e se converteu pra postar aqui.

Mas o pior na minha opinião são os pastores com mentallidade e comportamento de cartolas do futebol. Normalmente esses aí são bem relacionados na sociedade, gostam de igrejas mais tradicionais e sofisticadas, tem vários amigos e membros envolvidos na política. Colocam qualquer zé-ruéla no púlpito, basta que tenha um diploma, pode até ser de "ciências ocultas em letras apagadas". Ministério nas igrejas deles é uma dança de cadeiras. O "técnico" dos jovens não tá bom? Troca. O do louvor também não? Troca. A do Grupo de Senhoras tá indo mais ou menos? Tudo bem, não tá perfeito mas tá fazendo gol. "Em time que tá ganhando não se mexe"...(Leia Efeito 41)

Essa cambada tá mais interessada no seu bolso no que em te ver adorando o Rei dos Reis. Duvido que eles fiquem investindo tempo em adoração, jejum, quebrantamento, intercessão, em nível congregacional, em massa. E essas coisas dá pra fazer de formas bem criativas e nada maçante ou excessivamente padronizado, mas bem bíblico.

Depois, não me perguntem porque ao invés de descer a glória de Deus, desce o telhado...

Assista abaixo a reportagem do SBT:

Juliano Leal MRM/MARP

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