Pai, eu te amo
Outro dia, enquanto eu fazia podas no jardim, eu estava bem compenetrado no trabalho quando ouvi um grito: -Paaaaaaaaaiii! Levei um susto e olhei direto para minha janela, onde para minha surpresa o meu filho sorria e eu perguntei sério com aquele "olhar contestador de gritos": -O que foi que houve? -Eu te amo pai! Só isso... E voltou para dentro. Eu dei um sorriso que acho que ele nem viu. O interessante foi ver que por um breve instante ele roubou minha atenção, me trouxe uma sensação maravilhosa de amor e não se importou com o resultado de sua atitude, simplesmente porque ela foi sincera e despretensiosa. O objetivo era "o que" ele iria fazer, e não "como" eu ia receber, já que era algo bom eu só poderia gostar, não é mesmo? Quantas vezes nos damos o trabalho de parar com nossas atividades e correrias, abrirmos uma janela na nossa rotina, enchermos os pulmões e gritarmos com toda a nossa força, Pai, eu te amo?! Acho que nesse momento, nós iríamos arreba